Mecanismos de Defesa do Ego: Repressão
Dando continuidade à nossa série sobre os mecanismos de defesa do ego, hoje vamos falar sobre a repressão — um dos conceitos mais importantes da psicanálise e, segundo Freud, o pilar central do inconsciente.
A repressão acontece quando o nosso psiquismo empurra para o inconsciente pensamentos, desejos ou lembranças que causam dor, culpa ou angústia. É como se a mente dissesse: “isso é demais para eu lidar agora, então vou guardar bem fundo.”
Esses conteúdos ficam fora da consciência, mas continuam atuando silenciosamente — influenciando nossos comportamentos, sonhos, sintomas e até escolhas de vida.
Por exemplo: alguém que viveu uma experiência traumática na infância pode não se lembrar conscientemente do ocorrido, mas manifestar medos ou sintomas sem saber de onde vêm. Outro exemplo comum é o da pessoa que reprime a raiva por medo de perder o amor do outro e acaba somatizando — com dores de cabeça, tensão muscular ou crises de ansiedade.
Na visão psicanalítica, a repressão é uma defesa necessária, pois sem ela não suportaríamos certas experiências. No entanto, quando se torna rígida, ela impede o sujeito de se conhecer e o afasta de si mesmo. É aí que o inconsciente tenta “falar” por outros caminhos: sonhos, atos falhos, lapsos, sintomas físicos e emocionais.
A psicanálise convida justamente a dar voz ao que foi reprimido — não para reviver a dor, mas para transformá-la em compreensão.
Quando o que estava inconsciente ganha palavra, algo se reorganiza dentro de nós: o sintoma perde força e o sujeito pode se apropriar da própria história.
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